Tempo, tempo, tempo, tempo...

domingo, 17 de abril de 2011

MUSEU DO SERTÃO - PETROLINA-PE

Penso que sou uma das pessoas q mais visita o Museu do Sertão (na minha cidade, claro!)

Gosto muito do espaço, embora perceba que a carência  de uma reforma é bem visível (mas são detalhes e não aprecio mto as murmurações).

Quem não conhece, precisa vir!

O Museu do Sertão é administrado pela Prefeitura Municipal, vinculada à Fundação Cultural.

Instalado em 27/10/73 (oficialmente em 21/11/85), com a finalidade de resgatar a preservação da cultura sertaneja, o acervo possui mais de três mil peças que retratam o artesanato, o estilo de moradia, dados sobre a economia, a política, a religião e a arte, através de uma montagem museográfica/museológica muito bem definidas, que nos fazem sentir num espaço verdadeiramente “sertanejo”.

Ali podemos encontrar marcas vivas de vultos honrosos do sertão, como relíquias do famoso Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, cangaceiro  que, tendo o seu pai assassinado no ano de 1919, passou a buscar vingança, tornando-se o mais violento cangaceiro, um criminoso duramente buscado pela polícia, que carregava consigo um exército de cangaceiros que muitas vezes ultrapassava 40 (quarenta) homens...

D. Antônio Maria Malan, um italiano,  primeiro bispo da nossa cidade e que se tornou célebre por edificar a Catedral (toda em pedra), com um grupo de moradores, um monumento cinematográfico, de estilo gótico, que foi construída num período de 04 (quatro) anos e que  se equipara às catedrais europeias, por sua beleza e magnitude, também deixou ali suas relíquias: vestimentas, indumentárias e objetos particulares.

O nosso célebre Coronel Quelê (comerciante responsável por grande parte do crescimento de Petrolina) e a sua família, também se fazem presentes nesse espaço, através de doações de objetos pessoais da antiguidade e por meio de fotografias.
Joãozinho do Pharol, pioneiro da imprensa escrita do interior do Nordeste e muitos outros vultos podem ser rememorados ali.

Eu me embeveço com a “Sala das carrancas” e a “Sala da casa nordestina”, mas também há belezas mil na sala do “Cangaço e ícones nordestinos.

O espaço “Jardim sertanejo” (plantas típicas do semi-árido), serve de passagem às outras salas, mas ninguém passa ali, sem antes vislumbrar sua beleza.
Além do mais, você se delicia ao poder visualizar desde o velho cuscuzeiro em barro (1936) ao sublime oratório do século XVIII e de poder entrar num quartinho tão doce, com cama de couro, candeeiro e cabides que só vendo para crer!

A pré-história também se faz presente através de peixes fossilizados com cerca de 60 milhões de anos.

Bem, chega de falatório! Deixo-vos algumas fotos de um álbum que não se concretizou, porque esqueci de levar o meu carregador... Buááááááá! 
Sei que ficarão louquinhos para conhecer!




MUSEU DO SERTÃO:
Praça Santos Dumont, S/N – Centro
Petrolina-PE
Museudosertão@gmail.com.br




Vestuário de D. Antônio Malan




O Akio no painel - Centenário

Sala das carrancas

Meu caçula lendo tudoooo....
Carranca primitiva - mistura de homem & cavalo (1950)




 Olha o Rick aí, em meio às malas de couro cru (bruacas)
Transporte de mercadorias em lombo de burros.
1952

Euzinha, na "Sala sertanejo"

Instrumentos do sertanejo:
berrante, cachimbo, fogueteiro, tabaqueiro, polvorinho e chumbeiro

Travesseiro (1955) feito do tronco do mulungu (árvore abundante do Nordeste)

Mosquetão - instrumento de defesa de Lampião e bando ( 1976)

A linda radiola, de tão antiga já não possui referencial



Eu tinha que fotografar o penico!!!

Cama feita de couro - Século XVIII
Linda e conservadíssima


Cabide de madeira - muito comum nas salas sertanejas (1950)
Ops! Já tive um no quarto ( ainda solteira)

Arrasei nesta foto, não?
Oratório - século XVIII


Fogão de barro
Já cozinhei num desses (roça).

CUSCUZEIRO EM BARRO COZIDO (1936)


PILÃO DE MADEIRA
Ops! Já comi muita paçoca!!!

Bules de ferro policromado (1950)

e
Engenho rústico de fiar algodão com roca (1960)

Máquinas antigas


Olhem os meus japinhas em meio a:
Luiz Gonzaga (cantor nordestino)
Frei Damião (Santo Frei) - eu o conheciiiiiiii!
Pe. Cícero ( O santo politizado)



Carro de boi

Sanfona pé de bode  (um dos instrumentos mais difíceis de tocar, de afinação única em todo o mundo).





Rádio (1950) doado por Geraldo Coelho, então Deputado estadual.


Máquina de escrever/calcular (doado pela antiga GERE, hoje GRE - 1960)




Olhem meu filhão encantado com a tecnologia obsoleta... rsrs

Linda maquete do nosso "poema de pedra" 

E aqui fico eu, um pouco chateada por não ter concluído a minha sessão de fotos....



5 comentários:

ebanobrasileiro disse...

Parabéns Dona Lurdes. Mostrar o lugar onde vivemos é tudo de bom, tanto pra quem divulga e para quem aprecia.

cesar disse...

muuito bonitas, as fotos

clecia disse...

lindas as fotos,Lurdes. Ir ao museu é enriquecedor, faz lembrar a ligeira evolução das gerações.

clécia

BLOG DINIZ K-9 disse...

Lourdes, obrigado pelas visitas ao Blog Diniz K-9, e em relação ao post do museu do sertão eu já tinha visto no dia que vc postou, lindas fotos e lindas crianças também. Parabéns.
http://dinizk9.blogspot.com/

Museu do Sertão disse...

Poxa, quero parabenizar ao gerente do museu e funcionários pelos desempenhos dado aquele recinto e a senhora D. Lurdes pelo comentários e fotos realizados do Museu.