Tempo, tempo, tempo, tempo...

quarta-feira, 10 de março de 2010

O sonho é o acalanto da alma

Hoje resolvi declarar-lhes duas coisas: são, na verdade, meus projetos de vida e que, sinto estarem se aproximando de serem iniciados.
Pretendo fundar uma entidade para cuidar de crianças e ou idosos esquecidos pela sociedade e também tornar-me escritora de histórias infantis ( já sou exímia contadora delas... perdoem-me pela falta de modéstia, viu? ).
Evidentemente, ceifando as minhas atividades como "funcionária pública" ( algo muito próximo de acontecer ).
Quando falo em livros, encho a boca d'água ( eles parecem as goiabas q o Chico Bento tanto sonha roubar do Nhô Lau ).
Mas eu sou "pequenina" para falar sobre o poder que os mesmos possuem:
Tomo a liberdade de publicar um texto de Lyggia Nunes, que sintetiza a minha concepção acerca da importância que eles possuem à nossa vida:
LIVRO ( a troca )
Para mim, o livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede; deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo ( de tanto olhar paras paredes ). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas.
Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; e de barriga assim toda cheia, me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que - no meu jeito de ver as coisas - é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra - em algum lugar - uma criança juntar com outros e levantar a casa onde ela vai morar.
Lindo, não?
Em tempo: perdoem-se se se peco em erros ortográficos... Ainda estou me adaptando ao novo Acordo ortográfico ( ainda chegarei lá... Melhor: chegaremos! )

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