A fábula que vou contar-lhe, é de "Liu Xiang", um chinês (77-6 a.C. ) descendente de nobres, grande divulgador da doutrina confucionista. Seu livro mais famoso é Estratégias de guerra, que ficou perdido durante um longo tempo, sendo recuperado na dinastia Song ( 960 d.C. a 127 d.C. ). Liu Xiang escreveu lindas fábulas, dentre elas: "A raposa e o tigre ( bela história ), onde, através da objetividade e realismo, nos faz refletir sobre os valores humanos...
Espero que gostem...
A CORUJA QUE QUERIA MUDAR DE CASA
A coruja encontrou uma pombinha.
- Aonde vai? perguntou a pombinha.
- Estou de mudança para bem longe - respondeu a coruja.
- E por quê? - quis saber a pombinha.
- Todo mundo aqui detesta o meu pio - respondeu a coruja - Por isso estou indo embora.
- Se mudar de voz, tudo bem - disse a pombinha. - Mas se não mudar, mesmo indo para longe as pessoas continuarão a não gostar de você.
Assim é com a pessoa que não aceita que deve mudar de atitudes, que deve "lapidar" vozes, atitudes, trejeitos: elas buscam aceitação de novos amigos, novos ambientes sociais e não conseguem sucesso, porque o problema não está nos outros, mas em si mesma...
Alguns, ousadamente, buscam modificar os que lhe cercam, porque não conseguem aceitar suas falhas, seus defeitos e paradigmas.
Como profere a pombinha, de nada adiantará, já que nossas vozes internas continuarão soando mal aos ouvidos alheios e, sem a humildade de querer nos renovar, continuaremos sendo "corujas rejeitadas".
Há um canto religioso que diz:
"Renova-me Senhor Jesus
Já não quero ser igual..."
Necessário se faz que sejamos humildes na aceitação das mudanças.
Evidentemente, também precisamos aceitar as diferenças ( não podemos ser extremamente radicais ) mas há "corujinhas" que precisam ser renovadas, não é verdade?
Tenho me deparado com alunos que se sentem rejeitado ( especialmente os adolescentes ) e vejo que os autores da literatura infanto/infanto-juvenil, também tem escrito sobre esses dilemas:
A não-aceitação é também problema de crianças e adolescentes.
Um problema que poderá acompanhá-lo para o resto da vida, se alguém não despertar nesses jovens a certeza de que o universo é constante e que tudo é mutação: que somos o centro dessas mutações...
Nós nos transformamos quando morremos, nos separamos, nos reencontramos, nos ofendemos, nos machucamos. Nos transformamos de diversas maneiras, porque a vida é transformação e se queremos situação melhor, precisamos ser melhores também: muito depende de nós mesmos, da nossa harmonia interior, da nossa amizade com o nosso próprio espírito e da certeza de que somos apenas uma gota d'água perdida no oceano da vida e que, quanto mais sabiamente penetramos nesse oceano, maior é a possibilidade de nos tornarmos grande!
É nas mudanças, nas aceitações que encontramos recursos para conseguirmos crescer e aprender através das experiências. Enfim, a vida é uma belezura, uma sedução: de nada adianta querer levá-la no tapa, mas na entrega, na aceitação, na cessão e, sobretudo na MUDANÇA.
Não adianta brigar com o curso natural da vida: ela sempre seguirá estimulada pela sua orientação interior!
Tempo, tempo, tempo, tempo...
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A BUSCA DA ACEITAÇÃO...
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