Tempo, tempo, tempo, tempo...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

HERRAR É UMANO!!! ( 4 )

Quando faço um post acerca dos deslizes gramaticais das "praquinhas" brasileiras, me pego a pensar que elas são a cara do nosso povo e que não deixam de ser "culturais", não. Ao mesmo tempo, penso que caberia às prefeituras locais a oferta ao povo, de um setor responsável pelas correções e dimensões proporcionais de placas afixadas nos quatro cantos da cidade; e olha que isso seria extremamente importante para as caras das cidades, não?

A população não pode ser punida pelo nível cultural que tem: a principal função da linguagem é a de proporcionar a comunicação; ademais, as pessoas que não conhecem as normas cultas da língua, logicamente jamais as utilizará!

Ah, e hoje me deparei com esse livro lindinho que ainda não conhecia ( fiz questão de fotografar a capa ):

Os autores, José Eduardo Camargo e L. Soares são dois artistas brasileiros: o primeiro, jornalista e editor-chefe dos Guias Quatro Rodas e o segundo, um nordestino cordelista que migrou para SAMPA há mais de 13 anos. Nossa! Fiquei "xonadinha" pelo livro, até porque todas as plaquinhas ali expostas são coisas novas para mim e mais ainda, porque os autores mixaram humor, à riqueza da rima, de uma maneira muito sublime! Bacana também, a utilização das fontes dos textos ( similares às das placas ): aquele S que mais parece um Z, a mistura das maiúsculas com as minúsculas e muito. Muito mais! Uma verdadeira obra de arte! Segue abaixo, duas plaquinhas da obra ( claro que fotografei as páginas do livro ):

Lá no sítio São João

Pra passar pela porteira

É preciso permissão

Professor de português

Nunca passou ali não."

Bloco de texto

"VI UMA PLACA EM ITAÚNAS

VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO

MAS NÃO VI CÂMERA ALGUMA

EM CEM MIL METROS

QUADRADOS

SE ALGUÉM ESTÁ FILMANDO

OU É DEUS OU É O DANADO."

Tendo oportunidade, não deixem de folheá-lo!

( Obra publicada pela Editora Panda Books - São Paulo )

2 comentários:

Andre Mansim disse...

hahahahaha, vou procurar esse levro aí, hahaha.
Muito legal!!
Achei engraçado vc falar que os erros de gramática pode ser cultural!!!

Lu Almeida Imoto disse...

Pois é, Mansim... Sendo a cultura o complexo de padrões de comportamento, crenças, manifestações que vão sendo retransmitidas de geração a geração, HERRAR ( rsrs ) não deixa de ser cultura, já que o que pode uma geração que escreve mal, transmitir às suas sucessoras, senão o erro???

Abraço,