Tempo, tempo, tempo, tempo...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Glauco: jaz o corpo, imortaliza-se a arte!

O Brasil acaba de perder um célebre cartunista/chargista: alguém com talento nato, que produzia com o mínimo de esforço ( fala-se que apenas colocava os olhos no foco e como num toque de mágica moldava a sua arte ).
Mesmo quando trabalhava uma notícia de cunho trágico, ele conseguia sobrepor o seu humor .
Glauco era o expressionista dos sentimentos brasileiros nas suas críticas acirradas aos diversos presidentes do nosso país, fazendo-nos rir, enquanto demolia os feitos presidencialistas.
Esse paranaense que deixou de ser engenheiro para abraçar a arte, recheou a Folha de São Paulo e outros jornais, com suas inovadas criações em tinta nanquim ( curioso é que ele utilizava o computador somente para dar cor ao seus trabalhos ) e hoje nos deixa repletos de saudades, com apenas 53 anos e um mundo de sonhos ceifados pela violência urbana ( salientando que uma versão do crime é a de que no ato do acontecido, ele tentava salvar a vida do seu homicida ).
Ficam as saudades do seu humor ácido, picante, irreverente e, sobretudo ímpar.
Valeu o legado amado cartunista... Que vc consiga desenhar nas nuvens, para que possamos vislumbrar a continuidade da sua arte!

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