Tempo, tempo, tempo, tempo...

domingo, 4 de setembro de 2011

Os pecados da língua (1)



1. É preciso que hajam mudanças profundas no país.

O brasileiro tem mania de flexionar o verbo haver nos sentidos de ocorrer e existir. Com esses sentidos, haver fica sempre na forma impessoal, ou seja, na terceira pessoa do singular: há, havia, haverá, houve, haveria, haja, houvesse... 
O correto é dizer: É preciso que haja mudanças profundas no país.


2. Se eu fosse você, eu só usava...


O futuro do pretérito existe para ser usado, sob pena de se obterem frases que uma ideia se choca com outra. Usava é pretérito imperfeito, isto é, indica passado. Se usava, por que não usa mais?
No caso da frase, o apelo publicitário poderia ter surtido efeitos contrários aos que almejados pela grande empresa de "lingeries" que veiculou pela mídia nacional extensa e intensa campanha que "tentou" induzir as consumidoras a não mais preferirem sua marca. Pena que não corrigiu em tempo:
Se eu fosse você, só usaria... Mas, como a maioria dos brasileiros não sabe conjugar adequadamente os verbos, o pecado deve ter resultado em efeitos negativos apenas entre os que zelam pelo idioma nacional.

3 comentários:

Andre Mansim disse...

Por isso é que vc é minha mestra preferida!

Lu Almeida Imoto disse...

E eu aprecio d+ sua amizade, viu?

João V. Alves disse...

Obrigado pela visita ao meu blog.Adorei o seu. Parabens! Seguindo.

http://paradigmasdaspalavras.blogspot.com/